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HENRIQUE ANTÔNIO TRIZOTO |COMO VOTA A COMUNIDADE HISTORIADORA?

Atualizado: 19 de out. de 2022

Estamos novamente próximos de exercer o direito a democracia plena, elegeremos no dia 30 de outubro o Presidente da República Federativa do Brasil para os próximos quatro anos. Permito-me realizar uma breve retrospectiva da minha primeira lembrança acerca da política brasileira: o Impeachment do ex-presidente Collor, via sem entender meus tios comemorando após um pronunciamento dele na tv. Não lembro o teor, mas aquilo parecia ser uma vitória, algo a ser celebrado. Vi ainda criança o FHC ganhar, se reeleger e não emplacar o sucessor. Depois vi o Lula ganhar, se reeleger e fazer a sua sucessão com a Dilma.


Já estudante de história passei a acompanhar a política com afinco, militando pelas causas sociais e pelo fim da desigualdade social. Sonhos de um jovem historiador... Acompanhar a esquizofrenia da política brasileira exige estômago forte e terapia em dia. Desde 2013 estamos sofrendo com uma inversão de valores. Defender pobres, negros, LGBTQIA+, educação inclusiva e a ciência virou sinônimo de ser petralha, mesmo quem nunca militou nas fileiras do PT.


A UniTwitter, a UniFacebook e principalmente a UniWhatApp se tornaram as universidades que exprimem o conhecimento do brasileiro patriótico, temente a Deus, defensor da família, dos bons costumes e principalmente de um discurso esteticamente alinhado aos regimes totalitários. Discordar do mito te faz petralha, te transforma em um inimigo da nação.


Sempre acreditei e defendi a democracia, pois somente nela, temos o direito de falar e se posicionar. Mesmo com inúmeros problemas, o governo do Lula foi o que mais se aproximou de um Estado de Bem Estar Social, uma pena não ter sido acompanhado de uma política de conscientização de classe. Afinal, de nada adiantou o fortalecimento do Prouni, Reuni, Minha Casa Minha Vida, Políticas de transferência de renda mínima, do sistema de Cotas e a Redução do IPI dos itens de linha branca, se a população que usufruiu diretamente disso passou a se identificar com uma classe que jamais será sua.


Estamos entre o “Starway to Heaven” e o “Highway to Hell”. Mais do que nunca, votaremos pelo projeto de nação que queremos. Parafraseando aquela campanha de tv, “O Brasil que eu quero” valoriza os professores, a ciência e a educação, respeita a diversidade cultural e de gênero, e que recoloque o Brasil em uma posição protagonista da política internacional, e não mais como um quintal dos EUA.


Por isso dia 30, meu voto vai para Lula. (L)


Henrique Antônio Trizoto, Licenciado em História, Mestre em Ciências Humanas (UFFS – Erechim), Doutorando em História UPF. Coordenador do AHM Juarez Miguel Illa Font de Erechim RS.

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