Como historiador da República brasileira, eu poderia apontar inúmeras razões para não votar no candidato da extrema-direita. Sua atuação, como fartamente demonstrado ao longo de todo o seu mandato, reforça problemas históricos da nossa sociedade: a desigualdade social, o racismo, a homotransfobia, o machismo, o autoritarismo, a violência, etc. Mas vou me permitir argumentar em outra direção, menos acadêmica, mais afetiva, mas nem por isso menos verdadeira. Eu voto na Frente Democrática encabeçada pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva para possibilitar que meus doze sobrinhos/as netos/as, cujas idades vão de 1 a 20 anos, possam viver em um país mais esperançoso, mais justo, mais democrático. Um país com menos armas e mais livros, onde possam se expressar como quiserem sem temerem bullying e abusos morais e sexuais. São jovens e crianças brancas, pretas e pardas que merecem ter as mesmas oportunidades de se realizarem, de amarem, de construírem projetos coletivos e individuais.
Por esses doze jovens e crianças, eu voto 13, e convoco pais, mães, tios-avôs e tias-avós, avôs, avós, dindos, dindas, manos e manas, primos e primas a fazerem o mesmo!
Abraços com esperança!
Benito Bisso Schmidt é professor titular do Departamento de História da UFRGS
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